sábado, março 28, 2009

Mais Polêmicas Sobre a 4.0D&D...

Após o último game day, participei de mais uma das muitas discussões sobre os defeitos e qualidades da 4.0D&D. E, mesmo após quase dois anos do anúncio dessa edição (GenCon 2007), mesmo após tantas conversas em tantos e tantos fóruns, mesmo após várias pessoas adquirirem os livros (de uma forma ou de outra), parece-me incrível que o debate em si tenha evoluído tão pouco.

Já em 2007, no Brasil e no exterior, alguns fóruns da internet começaram a discutir a edição... o que é de certa forma muito engraçado, pois não tínhamos nada de concreto (ou mesmo de oficial) sobre essa nova edição. Então, argumentos propriamente ditos eram poucos, e de pouco valor... o que dominava os assuntos era portanto a paixão de cada um: tinha gente que não queria largar o osso, tinha gente que não aguentava o suspense de ter de esperar pela nova edição. O máximo que se tinha de informação eram os "previews" da nova edição, e a gente sabe, hoje, que nem tudo o que foi idealizado nesses "previews" coube nas regras propriamente ditas. Mesmo assim, muitas pessoas viram nesse material a pedra angular da 4.0D&D, e logo se apaixonaram por ela; outros viram tudo como uma jogada de marketing, algo como "a gente traça um objetivo bonitinho e não diz como é que chegaremos lá", e logo descartavam os previews como argumentos válidos, afinal de contas a WotC não ia dar "previews negativos" sobre o material a ser lançado. Eram ainda discussões apaixonadas, com argumentos fundamentalmente ocos: os livros não existiam! Acredito eu, ambos os lados estavam errados; mas isso é uma outra discussão (até porque eu fazia parte de um dos lados envolvidos).

Enfim, chegou-se aos dias em que os livros estavam nas prateleiras, aventuras foram lançadas, eventos realizados, mesas de RPG iniciadas/atualizadas/revisadas em todo o mundo... e a discussão continuou na mesma, o mesmo tom, por mais de um ano já! Ainda é um grupo defendendo a 4.0D&D com unhas e dentes, e outro criticando tudo, todos, o tempo todo. Ou, talvez, nem tanto assim: novas pessoas surgiram, novos jogadores (ou antigos jogadores que retornaram) e, quando essas pessoas tentam dar sua opinião sobre o jogo que conheceram a pouco, logo vem um dos lados da brigada e ataca não apenas seus argumentos, mas a pessoa em si. É incrível, a pessoa joga um jogo no final de semana, emite sua opinião acerca do mesmo em alguma lista de e-mails/fórum/blog (nem sempre da maneira mais educada, devo reconhecer), e logo vem alguém e "defende o produto"/"faz a propaganda negativa" sem o menor pudor, respeito ou consideração. Em certos momentos, parecemo-nos com acionistas da Hasbro, ou então seus vorazes concorrentes, tentando a todo o custo avivar/derrubar o 4.0D&D, como se tivéssemos realmente algo de material a ser ganho com cada defesa apaixonada/ataque inspirado em alguma discussão sobre a 4.0D&D.

Acredito que cada um é livre para se expressar, para perceber algo como bom ou ruim e explanar ou não as razões dessa impressão. Não adianta, se a pessoa não acha interessante "interpretar em cima do tabuleiro", ela não vai gostar dessa edição; se ela sempre buscou o equilíbrio entre as classes como um cavaleiro em busca do cálice sagrado, então ela amará essa edição. Cada um com seu cada um. O que, ao meu ver, é extremamente prejudicial é esse acirramento de ânimos, que não favorece a discussão e nenhum dos lados. Nenhum.

No fim do dia, somos todos moradores de um país de terceiro mundo, jogando um jogo que foi produzido por executivos do primeiro mundo, para o primeiro mundo, e que não perde o sono por conta do que a gente pensa ou deixa de pensar. A partir disso, e daí que alguém acha esse mesmo jogo uma merda? E daí que alguém goste tanto dele que está cego para seus defeitos? Gostou? Seja feliz. Não gostou? Procure outro que o agrade.

Outros vários exemplos existem ao longo da história da evolução dos jogos de RPG (a guerrinha entre jogadores de Soryteller e de AD&D, ou de RPGistas contra "cardíacos", a polêmica entre quem prefere AD&D...), e nada disso realmente leva a lugar algum. Só serve para... para... para quê, mesmo?

Então, da próxima vez em que eu entrar em uma discussão sobre RPG (qualquer sistema, edição, regras ou sei lá o quê), lembre-se que eu só jogo para tentar me divertir, e se eu disser algo que te ofendeu, ou é porque eu cometi um engano, ou é porque você está tomando como pessoal algo que simplesmente não o é. RPG é um jogo, nada mais. Tem quem goste de um dado conjunto de regras, tem que não goste, e somos todos seres humanos com mais o que fazer das nossas vidas do que ficar "brigando" por conta do D&D da Hasbro. Simples assim.

E.

domingo, março 22, 2009

Sobre o PRIMEIRO GAME DAY 2009

Bom... tivemos um evento meio vazio. Também, pudera: os kits ainda estão barrados na alfândega, o que desmotivou muitas pessoas. Além disso, o local do evento teve de ser modificado na véspera, saindo da região central de Belo Horizonte, e indo parar na região da Pampulha. Muita gente, que talvez fosse a pé para o evento, de repente tinha de pegar um ônibus e viajar meia hora nele. Para mim, não seria um problema, mas para outras pessoas eu entendo que tenha sido.

De qualquer maneira... lá fui eu para o evento.

Peguei minha bicicleta (qualquer dia coloco uma foto dela aqui), pedalei os 8Km até à UFMG, lá chegando às 10 da matina. Dirigi-me então ao local do evento... uma maravilha: 15 mesas bem espaçadas, com bancos de concreto, área coberta e arejada, um primor. Imaginei como aquilo ali ferveria com as mesas de jogo: 4 mestres de BH pediram kits, o que dá 12 mesas de jogo, e mais duas mesas se dispuseram a participar mesmo sem receber nenhum kit. Ou seja, das 15 mesas disponíveis, ocuparíamos 14... nada mal!

Comecei então a improvisar cartazes, conversar com os seguranças do campus sobre o evento (para que eles pudessem direcionar as pessoas que estivessem perdidas), separar os materiais que eu imprimira para auxiliar os mestres, conferir a quantidade de fichas de inscrição, etc.

O primeiro mestre que apareceu foi o Igor... ele chegou antes do meio dia, e iria mestrar Munchkin. Ele pegou uma das mesas (15 mesas preenchidas, urrúh!) e agora eu já tinha alguém com quem trocar idéias.

O dia foi passando, e dali a pouco chegaram outras pessoas... jogadores do evento. Disseram-me que um dos organizadores não viria, e que ainda por cima estavam sem um mestre para jogarem... um tremendo balde d'água fria nos meus planos. Mas, tudo bem. um organizador a menos, três ainda encaminhando-se, o evento sobrevive. O lance que me incomodou foi ver os jogadores animados, e nenhum mestre.

Aqui, cabe um parêntesis. De início, eu havia separado um dos meus kits para que eu mestrasse, mas logo que as coisas começaram a andar errado, eu decidi abrir mão dele e, no dia do evento, ele seria entregue a uma outra mesa qualquer, que ainda não o tivesse. Dessa forma, eu li a aventura lá no começo de fevereiro, e só. Sequer li as fichas dos personagens... sim, eu imprimi os mapas, as minis, a aventura em português (valeu, comunidade 4D&D!) e em inglês, mas estava pensando em entregar aquilo tudo para alguém que precisasse.

De repente, após o almoço e sem notícias de nenhum jogador, nenhum mestre, nenhum nada, comecei a perceber que, provavelmente, ninguém mais viria... e aqueles quatro bravos jogadores, iam ficar sem jogar? Não no meu evento!

Comecei então a reler a aventura, encaminhei as fichas a eles, montei os mapas e abri minha caixinha de minis (todas ganhas em GAME DAYS ou no programa de premiação da RPGA). Minha namorada deu uma passada relâmpago no evento (ela tem um curso de inglês na UFMG aos sábados), mas não pôde ficar... uma pena, ela seria uma ótima adição ao grupo, e a gnoma barda cairia como uma luva para ela, para mim, para todos! Mas, bem, não teve jeito. Tivemos de jogar apenas os 5 marmanjos.

A sessão começou às 13:30, após os jogadores almoçarem. Infelizmente, eles não tinham assim um conhecimento muito apurado da nova edição, então eu amaciei as regras para eles (eles ainda acham que o "shift" funciona como funcinava na 3,5 por exemplo). Sendo eu também um mero curioso acerca da nova edição, decidi não entrar em debates sobre regras, e mestrar o jogo de forma desafiadora, sem lances do tipo "pena que você não conhecia essa regra, pois ela teria salvo seu grupo!".

Jogamos apenas os encontros 1 e 3 da aventura, e tivemos de parar: já eram quase 19:00... eu programara o evento para se encerrar às 18:00. Assim, registrei os quatro jogadores e, debaixo de chuva, retornei para casa na minha bicicleta. Fiquei um tanto magoado com a parca presença no evento (uma mesa de 4.0D&D, uma mesa de Munchkin, e só), mas não foi a primeira vez em que isso aconteceu, ainda por cima com tantos imprevistos na véspera do evento. Só espero que, no futuro, as coisas andem melhor!

Infelizmente, não tenho muitas fotos do evento, pois as pessoas que levam câmeras faltaram... apenas o Igor, mestre da mesa de Munchkin, bateu algumas fotos a partir de um aparelho celular, já no final do evento (eu sou o cara de camisa amarela):






Assim, com alguns poucos e destemidos jogadores e um mestre improvisado e esforçado, o D&D GAME DAY de março '09 sobreviveu. Já marquei o evento de maio (o game day que introduzirá o MM2), e já estou recebendo inscrições... mais informações no Orkut ou no fórum da RPGArautos.

Nos vemos quando nos virmos!

E!

P.S.: Infelizmente, não poderei fazer a enquete e sortear as minis da barda, como prometido. Mas, creio eu, os poucos visitantes desse blog entenderão perfeitamente esse lapso. Novas promoções serão realizadas no futuro, espero que de maneira mais... concreta.

sexta-feira, março 20, 2009

PRIMEIRO D&D GAME DAY 2009

Tivemos um problema com o local original para o evento: o novo local é o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG:


A entrada pode ser feita por qualquer uma das portarias do campus, na Pampulha, até às 14 horas. Depois disso, fica um pouco complicado.

Como espaço, teremos 15 mesas um pouco maiores que uma mesa de bar, e bancos de concreto. Não haverá maneira de se comprar lanches, então cada um deve trazer o que achar melhor (há bebedouros e banheiros).O espaço ficará disponível até às 18 horas, quando então teremos de encerrar o evento. Caso as coisas aconteçam de maneira segura, poderemos utilizar o espaço em ocasiões futuras, então é importante que as seguintes normas de conduta sejam observadas:

- nada de jogar lixo no chão, nem de emporcalhar o ambiente. Não haverá faxina no dia, então cada um tem de trazer uma sacola e, dentro dela, depositar o próprio lixo. Ao final do jogo, estas sacolas devem ser depositadas em alguma lixeira próxima;

- nada de bebida alcóolica, nada de live action, nada de jogatina. Estamos dentro de um espaço que, apesar de parecer aberto, é ainda mais "rígido" que o ambiente da EE Paulo Mendes Campos. Do nosso comportamento nesse evento virá a aprovação ou reprovação de eventos futuros;

- nada de perambular pelas outras seções da UFMG. Não venham para outra coisa que não seja participar do evento. No mais, é tentar causar a melhor impressão possível.

O pessoal da segurança patrimonial cresceu um bico danado quando ouviu dizer de "evento de RPG", mas a Diretora do ICB levou numa boa, mesmo estando em cima da hora. Então, é chegar, fazer um evento bacana, deixar uma boa impressão e garantir mais uma alternativa de espaço GRATUITO para os RPGistas dessa cidade.

Para chegar ao ICB: seguir direto pela entrada principal até a Praça de Serviços, atravessar a praça e então já se avista o prédio. Por outras entradas, é chegar na praça de serviços e ir em direção ao Oeste dela: o prédio é grande, então não tem como errar...

E.

P.S.:eu chegarei às 10 horas... contato: 8469-0768.